"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Resposta de Camila Mendes ao texto preconceituoso de Karina Moreno

Gisele Bundchen amamentando

Por Camila Mendes

Moça, hoje eu tive a infelicidade de ver seu texto rolando pelas páginas alheias. Primeiramente, veio o choque de em pleno século XXI, ainda me deparar com essa"nutrizfobia" (sim, eu acabei de inventar essa palavra).
Moça, me perdoe o teor da palavra, mas eu achei de uma ignorância tremenda o que você postou. E para a ignorância, só existe um remédio: A luz da ciência. E rebaterei com fatos, as falácias que você comentou.

Amamentar não é coisa de pobre ou rico. É coisa de mamífero. É instinto. Você fazendo veterinária deve saber do que eu digo.
Mamadeira/fraldinha não é bom senso. É infelizmente, um consenso tomado por uma sociedade por vezes machista, que erotiza o peito. 
Segundo a OMS, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a SPSP, o aleitamento materno deve ser oferecido até os 2 anos, NO MÍNIMO. 
Outro dado importante: até os 12 meses, o principal alimento para o bebê é o leite materno. Outros alimentos são apenas complementos.
A livre demanda, é estipulada pelo binômio mãe-bebê ( lembra daquela brincadeira de sexta série: a conversa é entre A e B, (vo)Cê tá fora? - é, então.)
Acho que você já sabe que mulheres não se transformam em vacas né. Somos de espécies diferentes. Eu pelo menos sou. 
O governo estimula sim o aleitamento materno. E você quase acertou!
Mas não é pensando no cálculo de latas x filhos x dinheiro empregado, é pensando na redução da taxa de mortalidade infantil, de diarreia, de desnutrição, de depressão pós-parto, de câncer de mama, de APLV ( que aumenta graças ao uso da lata que você idolatra) É porque o governo sabe que órgãos competentes e publicações mundiais desenvolvem, ano após ano, pesquisas sobre a importância do leite materno, para diversas questões, dentre elas,o aumento do QI, da imunidade, do vínculo, do estímulo a sabores diferentes, a saciedade ( que futuramente impedirá a criança de desenvolver DM e obesidade - " o mamar mais fácil na mamadeira" tem seus contras também, cherie.)
Por fim, deixa só eu te contar uma coisinha: 
A mamadeira dificulta o amadurecimento da musculatura orofacial. Pode provocar roncos e mordidas cruzadas... a criança não fica mais tranquila. Muitas das vezes, ela está abarrotada, porque a fórmula sai mais rápido que no peito e a pobre da criança não tem seus reflexos de saciedade estabelecidos. Dorme melhor? Não.
E sabe o que você leva pra qualquer lugar, sem se preocupar se azedou, sem esquentar no microondas na mamadeira cheia de bisfenol? PEITO.

Te deixo com uma foto de uma moça "bem pobre" amamentando.
( E se quiser sair dessa escuridão, eu te passo todos os links dos estudos que eu citei.)
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1091623394181079&set=a.195050757171685.53072.100000002856716&type=3

Um comentário:

Jack Machado da Silva de Aragão disse...

Aplaudindo em pé teu texto sobre a amamentação de "pobre"!!!!