"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

quinta-feira, 5 de março de 2015

Filhos adolescentes adotados e suas dificuldades emcionais

We Heart it

Por Cintia Liana Reis de Silva
Publicado dia 12 de fevereiro de 2015 no Guia Indika Bem

Não é verdade que filhos adotivos possuem quase o dobro da possibilidade de, durante a adolescência, desenvolverem problemas comportamentais ou emocionais.

Não é verdade porque todas as pessoas podem vir a ter problemas existenciais e comportamentais na infância, adolescência e ao longo da vida.

De onde vêm os problemas emocionais? Eles têm origem nas feridas emocionais. Todo ser humano tem seus traumas e pode, em algum momento, passar por situações difíceis, turbulentas,  viver histórias de incerteza, que lhe rendam ansioso, inseguro, infeliz, como por exemplo, se sentir rejeitado, não aceito, muito criticado, presenciar brigas na família, ter um pai muito autoritário, uma mãe super controladora ou a separação dos pais, mas cada pessoa pode reagir de um modo diferente, alguns de um modo mais rebelde e difícil, outros de um modo mais maduro, expressando sua raiva em palavras. É normal sentir raiva, a questão é saber como expressá-la e usá-la para a mudança. Isso também vai depender do modelo de conduta que se tem no lar, do espaço de escuta e aceitação que têm para expressar os seus medos e dificuldades, da segurança que sentem nas figuras paterna e materna.

O adolescente também pode criar um modo de convidar os pais a refletirem sobre o comportamento deles e em como esses comportamentos refletem no sentimento do adolescente diante da vida.
No caso de quem tem uma história de adoção, pode alimentar muitas fantasias, como a de ter sido rejeitado, abandonado. Ninguém gosta de se sentir assim, isso dói, mas tudo vai depender do temperamento do adolescente, do desejo de compreender a situação e do suporte afetivo que os pais adotivos lhe dão, e esse suporte e atenção curam feridas e podem fazer com que o adolescente supere suas dores e até as use a seu favor, se tornando mais forte.

Fazer terapia também ao longo da vida é bom para todos.

Cintia Liana Reis de Silva

Fonte: http://indikabem.com.br/filhos/filhos-adolescentes-adotados-e-suas-dificuldades-emocionais

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