"Uma criança é como o cristal e como a cera. Qualquer choque, por mais brando, a abala e comove, e a faz vibrar de molécula em molécula, de átomo em átomo; e qualquer impressão, boa ou má, nela se grava de modo profundo e indelével." (Olavo Bilac)

"Un bambino è come il cristallo e come la cera. Qualsiasi shock, per quanto morbido sia
lo scuote e lo smuove, vibra di molecola in molecola, di atomo in atomo, e qualsiasi impressione,
buona o cattiva, si registra in lui in modo profondo e indelebile." (Olavo Bilac, giornalista e poeta brasiliano)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Vantagens do bilinguismo na infância

Mandy Lynne

Criado 20 Novembro 2012. Escrito por guiainfantil.com

Alguns pais consideram que a aprendizagem de um segundo idioma pode representar um freio e inclusive um atraso no desenvolvimento linguístico da criança, ainda que não existam provas concretas a respeito. Uma vez ou outra, a criança poderá confundir alguma palavra entre os dois idiomas, mas esses casos são normais a princípio, principalmente quando os idiomas apresentam palavras semelhantes. No entanto, essas pequenas falhas podem desaparecer com o tempo.

O bilinguismo ajuda a criança aprender outros idiomas

Segundo alguns investigadores, as crianças expostas desde muito cedo a duas línguas, crescem como se tivessem dois seres monolíngues alojados dentro do seu cérebro. Quando dois idiomas estão bem equilibrados, as crianças bilíngues têm vantagem de pensamento sobre crianças monolíngues  o que quer dizer que o bilinguismo tem efeitos positivos na inteligência e em outros aspectos da vida da criança. E que isso não representa nenhum tipo de contaminação linguística nem atraso na aprendizagem. Dizem que é muito melhor a aprendizagem precoce, ou seja, falar com as crianças ambos idiomas desde o seu nascimento, pois permite o domínio completo da língua, ao contrário do que sucede se se ensina a segunda língua a partir dos 3 anos de idade.
 
Outros afirmam que são muitas as vantagens na hora de educar uma criança para que seja bilíngue. Que tudo dependerá da forma que se introduza esse idioma. Não se pode obrigar que a criança o fale. O importante, a princípio, é que a criança ouça sempre e se familiarize com ele pouco a pouco, sem pressas nem obrigações.
 
Outros especialistas, sustentam que as crianças expostas a vários idiomas são mais criativas e desenvolvem melhor as habilidades de resolução de problemas. E além disso, falar um segundo idioma, ainda que seja só durante os primeiros anos de vida da criança, a ajudará a programar os circuitos cerebrais para que lhe seja mais fácil aprender novos idiomas no futuro.
 
Por outro lado, existem alguns científicos que continuam defendendo o atraso do treinamento linguístico e recomendam que a criança aprenda uma segunda língua somente quando tenham suficiente conhecimento da maternal.

Vantagens de ser uma criança bilíngue

  1. Comunicação. A capacidade de comunicação com os pais, familiares, e com mais pessoas quando viajam ou convivem com pessoas estrangeiras. Somando-se a isso, as crianças bilíngues têm duas vezes mais capacidade de ler e escrever, e seu conhecimento é mais amplo pelo seu maior acesso à informação global.
  2. Cultural. O acesso a duas culturas diferentes. À literatura, às histórias, a diferentes comportamentos, tradições, conversações, meios de comunicação, etc.
  3. Conhecimento. Quanto mais conhecimento, mais desenvolvido será o raciocínio de uma criança bilíngue  Através dele, podem ser mais criativos, mais flexíveis, e adquirir uma mente mais aberta ao mundo e aos demais. 
  4. Oportunidade de trabalho. As portas do mercado de trabalho se abrirão e oferecerão mais oportunidades às pessoas bilíngues.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Terapia individual sistemica (e Terapia familiar)

Mandy Lynne

Por Norma Emiliano

O indivíduo sente que está mal e não consegue entender nem superar o estado de paralisação em que se encontra. Percebe que precisa de ajuda, há o desejo de conhecer mais profundamente seus conflitos e caminhar em direção à “felicidade”.

Cada pessoa é única no que diz respeito ao seu temperamento, composição genética, percepções e necessidades. Contudo, a formação da identidade se processa através das interações familiares contínuas. Assim, o sentido que cada pessoa  atribui  à  vida, à  família, aos  relacionamentos, às  suas  expectativas, bem  como  à  sua auto-estima  estão relacionados à sua família.  O ser humano nem sempre tem consciência disto.

A Terapia Sistêmica em sua origem dirigia-se exclusivamente ao atendimento de famílias. Ao longo do tempo, com desenvolvimento teórico, técnico e clínico, a abordagem sistêmica foi se reestruturando para atender clinicamente o sistema individual.

No atendimento individual, as  histórias  familiares  fornecem o nexo dos  fenômenos e constituem  os  recursos terapêuticos. “O espelho familiar vai circulando através das diferentes gerações de uma família, constituindo-se em elo entre passado e futuro.” (Gomel).  Desta forma, parte-se de algo que é “interno” para o indivíduo e o relaciona com algo que acontece entre as pessoas. “Forças  transgeracionais  exercem uma influência crítica  sobre  as  relações intimas atuais.” (Framo).  Consideram-se todas as informações levando-se em conta três gerações da família.

O foco da terapia é favorecer o auto conhecimento e possibilitar a descoberta de saídas para o impasse em que o indivíduo se encontra (processo de autonomia e mudanças de pautas disfuncionais).

A reconstrução das histórias, a analise e definição dos padrões relacionais repetitivos, possibilitam uma visão mais ampla  do  problema  podendo  trazer à consciência fatores  que  permitam  a  elaboração  de  conflitos, perdão, resignificação de atitudes, etc.

São fundamentais o desejo de mudança e a disponibilidade  do  indivíduo, assim como, que  o  vínculo  terapêutico favoreça o processo de mudança e ajude-o a se “diferenciar”, ou seja: ter capacidade de manter separados os sistemas emocionais dos intelectuais, usar mais a razão do que os sentimentos.

As intervenções consideram as  relações  entre o indivíduo  e  os outros  e  dele consigo mesmo.  Trabalha-se com a identidade pessoal e a identidade familiar nas vertentes do pertencer e do diferenciar-se, ajudando o indivíduo a sair da massa indiferenciada da família e a poder construir seu caminho, reconhecendo outras possibilidades.

A separação  da  família  de origem  é  um  processo  gradativo  e  que  não  se  esgota.  A Terapia individual sistêmica, agregando ou não, os diversos membros familiares, é indicada quando é o indivíduo busca a terapia com objetivo de desenvolver consciência do seu padrão de funcionamento e deseja adquirir  aprendizagens  que  são necessárias no momento, ou de realizar as mudanças que se fizerem necessárias.

Referência bibliográfica
Framo J.L.(2002). Uma abordagem transgeracional à terapia de casal, à terapia de família famíliar e a terapia individidual. In M. Andolfi (org.)

Fonte: http://pensandoemfamilia.com.br/blog/terapia-de-familia/terapia-individual-sistemica/

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Uma das mais belas historinhas sobre adoção

Esta é uma linda história para usar no processo de revelação e explicação da adoção ao filho pequeno:
 
Many Lynne
 
Achei uma mamãe!
 
Há um certo tempo atrás, lá no céu, viviam muitas criancinhas correndo e brincando sem parar. E todos eram muito, mas muito felizes.

No meio daquelas crianças havia uma menina muito bonita, inteligente e esperta que percebeu que muitos de seus amiguinhos desapareciam assim, de repente, enquanto brincava com eles e sem se saber o por quê.

Então ela, que era muito inteligente, foi conversar com o "Papai do Céu" para saber o que estava acontecendo. Aproximou-se Dele e disse:
- Papai do Céu?
- Sim, minha filha.
- Por quê meus amiguinhos desaparecem no ar quando eu estou brincando com eles?
- Eles não desaparecem, minha filha. Respondeu o Papai do Céu. Eles estão indo nascer lá embaixo na Terra. Eles desaparecem aqui, mas aparecem lá.
- Então, perguntou a menina, por quê eu ainda não fui nascer lá na Terra?
- Porque Eu estou escolhendo uma mamãe e um papai para você.

A menina pensou naquelas palavras e decidiu fazer um pedido.
- Posso escolher minha mamãe e meu papai? Posso? Insistiu a menina.

Papai do Céu coçou sua longa barba branca, pensou e depois de algum tempo resmungou:
- Isso nunca foi feito. Eu sempre faço a escolha. Mas como você mostrou que é muito inteligente Eu vou deixar você escolher.

A menina saiu correndo muito feliz da sua vida e, naquele mesmo dia, passou a olhar aqui para a terra tentando escolher sua mamãe e seu papai.
Ela olhava, olhava, olhava, mas achava difícil escolher no meio de tanta gente.

Os dias foram passando até que num dado instante ela conseguiu ver uma mulher rezando aqui na terra dizendo assim:
- Papai do Céu, manda uma filhinha para mim. Eu sei que minha barriga não cresce mas manda mesmo assim. Eu vou amá-la com toda a foça do meu coração. Ela vai ser minha filha do coração e eu e meu marido seremos seu papai e mamãe do coração. Por favor Papai do Céu...

A menina ao ouvir aquelas palavras foi correndo para o Papai do Céu contar a grande novidade:
- Papai do Céu? Achei! Achei uma mamãe e um papai para mim.
Vem ver, vem ver!

A menina mostrou a mulher aqui embaixo na terra para o Papai do Céu que, depois de olhar disse:
- Minha filha, aquela mulher não pode ser sua mamãe. A barriga dela não cresce e você sabe que as crianças só nascem lá na terra se a barriga da mamãe crescer.
- Eu sei, mas eu quero ela, eu quero! O Senhor pode fazer qualquer coisa e eu quero ser Filha do Coração daquela mamãe.

A menina gritava e chorava, e mais uma vez Papai do Céu pensou e respondeu:
- Tá bom! Então vou fazer você nascer da barriga de uma outra mamãe e vou avisar sua mamãe do coração para ir te buscar.

E assim foi. Ao mesmo tempo que a menina nasceu de uma outra barriga, Papai do Céu fez a mamãe do coração dormir e sonhar. Neste sonho, Papai do Céu mostrou como era a menina e onde ela deveria buscá-la.

Ao acordar, a mamãe do coração ficou tão feliz que chamou seu marido e juntos foram buscar a menina.

Eles viajaram bastante até chegarem a uma cidade distante. Lá começaram a procurar pelo lugar onde estava a menina. Depois de muito tempo e já cansados de procurar, os dois resolveram descansar em um banco de jardim. Assim que sentaram e olharam para a frente, lá estava ela. Era a casa que o "Papai do Céu" havia mostrado no sonho e onde estava a "filhinha do Coração." Rapidamente correram para lá e entraram.

Dentro da casa havia muitos bebezinhos, cada um em sua caminha dormindo.

A mamãe do coração olhava todos eles mas não encontrava a sua filhinha.

Após olhar todos eles, a mamãe do coração, quase desistindo, viu que ainda tinha um bercinho com um bebê todo coberto e enrolado em um lençol.

Toda emocionada, ela se aproximou e puxou o lençol. Pode ver, então, o rosto da menina.

Sim, era ela, a menina que ela tinha visto no sonho.

Imediatamente ela a pegou no colo, abraçou-a e chorou de tanta felicidade.

E assim todos juntos, papai, mamãe e filha do coração voltaram para casa onde foram felizes para sempre!..."
 
(Autor desconhecido)

domingo, 11 de novembro de 2012

Gravidez: o que acontece quando a barriga não cresce!


Por Cláudia Gimenes

Quando eu falo a palavra gravidez o que vem à mente de quem lê: uma mulher com uma barriga enorme!
Sempre relacionamos palavras a imagens, entretanto as palavras nem sempre relacionam exatamente a apenas uma imagem. A palavra 'banco', por exemplo, sem nenhuma outra referência pode remeter a um banco de jardim embaixo de uma árvore numa praça ou a um banco financeiro. A imagem vai depender do foco de quem está lendo certo? Nem sempre!

Com a palavra gravidez é assim: você lê a palavra e a imagem é de uma mulher barriguda. Não tem como fugir disso, entretanto se falarmos em esperar um filho a figura associada muda? Para a maioria das pessoas não!
Quando eu digo que estou esperando mais um filho as pessoas me perguntam de quantos meses eu estou. Se eu falo que são, aproximadamente, 48 meses as pessoas mudam de assunto. Não sei, mas acham que estou debochando, entretanto eu estou esperando outro filho há aproximadamente 48 meses mesmo!

A sociedade ainda não assimilou o sentido de esperar um filho, de estar grávida do coração. Por conta disso podemos esperar nossos filhos por 3, 4, 5, 10 anos e quando eles chegam é como se tivessem aparecido por encanto, assim 'do nada'.

Vamos fazer uma analogia: gravidez biológica x gravidez do coração.
Na gravidez biológica a barriga cresce e, via de regra, dura 9 meses ou 42 semanas! Todo mundo participa, compartilha da felicidade da futura mãe, ansia pelo momento de ver a carinha do bebê, sonha com o momento de poder visitar, planeja presentes e tal. Essa é a parte social: amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos, todos se envolvem com a barriga, todo mundo sempre tem algo positivo ou alguma recomendação para dar sobre o bebê e isso é legal, afinal de contas uma nova vida que chega é sempre motivo de festa. Como diz a famosa marca de fraldas: é um pequeno milagre que vem ao mundo!

A mulher grávida fica sensível pela mudança hormonal e também pela mudança real que terá em sua vida e família em poucos meses. Terá uma pessoa a mais em casa, uma pessoa totalmente dependente dela e ela passará a ter que zelar pela saúde e bem estar desta pessoa! A mulher grávida sente felicidade por estar grávida, mas conforme a barriga vai crescendo ela sente ansiedade, medos dos mais variados, tem sonhos sobre como será o seu bebê, que carinha vai ter. Tem fantasmas que povoam sua mente: como será quando chegar o momento? vai dar tudo certo? o médico estará disponível?, o hospital terá estrutura suficiente se o bebê tiver algum problema?, ele terá saúde?, terá todos os dedinhos? e se não chorar na hora que nascer? e se não me mostrarem e depois trocarem meu bebê? e se depois que chegar em casa eu não souber cuidar? e se eu não  conseguir amamentar? e se o leite for fraco? e se...e se...e se? Na cabeça de uma gestante, por mais que ela se cerque de todas as garantias e tenha certeza que está tudo certo passam todas essas perguntas e muitas outras mais.

Na gravidez do coração a barriga não cresce, o tempo de espera é indeterminado, praticamente ninguém participa da felicidade da futura mãe, pouquíssima gente se lembra que ali naquela família em algum momento vai haver uma criança nova para ser visitada. Colegas de trabalho, vizinhos, amigos e conhecidos: quase ninguém se envolve com a mãe na espera e mesmo assim, como diz a famosa marca de fraldas, este filho, assim como o biológico, é um pequeno milagre que vem ao mundo!

A grávida do coração  fica sensível também. Para ela não existem mudanças hormonais, mas as mudanças emocionais são tais e quais as da grávida biológica:  ela sabe que terá uma pessoa a mais em casa, uma pessoa totalmente dependente dela e ela passará a ter que zelar pela saúde e bem estar desta pessoa! A mulher grávida do coração sente felicidade por estar esperando um filho, e mesmo sem barriga crescendo ela sente ansiedade e medos dos mais variados, tem sonhos sobre como será o seu filho que pode não ser um bebê, tenta imaginar que carinha vai ter. Tem fantasmas que povoam sua mente, também: como será quando chegar o momento? vai dar tudo certo? o fórum ai demorar para ligar?, o abrigo estará cuidando bem da criança?, será perfeitinho? e se não gostar de mim?, e se depois que chegar em casa eu não souber cuidar? e se eu não  conseguir alimentar? e se...e se...e se? Na cabeça de uma grávida do coração, por mais que ela se cerque de todas as garantias e tenha certeza que está tudo certo passam todas essas perguntas e muitas outras mais. 

É possível perceber que existe uma diferença fisiológica grande entre a grávida biológica e a grávida do coração, entretanto na parte emocional não é muito diferente, salvo algumas peculiaridades inerentes a um estado e a outro.
Mesmo para se engravidar, seja biologicamente, seja do coração existem alguns caminhos muitos semelhantes:
- grávida biológica antes planeja o filho, para com o contraceptivo, engravida e espera.
- grávida do coração antes planeja o filho, preenche um monte de papéis, entrega no fórum e passa por processo de avaliação (fase de parar os contraceptivos e engravidar!), se habilita (engravida!) e espera.

Se por um lado na parte emocional não existe muita diferença, na parte social existe um abismo!
Uma grávida do coração não ganha um filho 'do nada'! Ela faz uma espécie de pré-natal no fórum que não é para garantir a saúde da criança e um bom parto, mas sim para terem a certeza de que ela tem saúde física e mental para ter a criança. Ela passa por uma espera tão angustiante quanto a da grávida biológica entretanto a espera dela tem prazo para começar e não tem prazo para terminar.
A grávida do coração não recebe paparicos, salvo excessões não ganha mimos para o filho e não tem muito direito de falar sobre suas ansiedades sob pena de ser taxada de obsessiva e só falar nesse assunto. Isso na melhor das hipóteses, porque se para a grávida biológica todo munto tem algo positivo para falar sobre o filho vindouro, para a grávida do coração boa parte dos conselhos são temerários!
A grávida biológica pode reduzir seu grau de ansiedade descobrindo o sexo do bebê para fazer o enxoval e o quarto, a grávida do coração sequer pode fazer enxoval a menos que tenha um perfil muito restrito, o que aumenta muito sua ansiedade.

Com essa analogia quero orientar o seguinte:
1. quando souber que uma pessoa está esperando para adotar, lembre-se que a barriga não está crescendo, mas esta pessoa está grávida emocionalmente tanto quanto uma que carrega o filho na barriga;
2. O filho recém-chegado de uma mãe do coração não surgiu 'do nada'! Ela possivelmente esperou muito mais tempo do que uma gravidez biológica regulamentar;
3. Toda grávida precisa de atenção com relação à sua espera e com a grávida do coração não é diferente.
4. A grávida do coração não é obsessiva, ela tem um grau de ansiedade um pouco maior porque sua espera é um pouco maior também;
5. Quando uma pessoa opta pela adoção ela está envolvida com a chegada de um filho e é crueldade com o seu emocional discursos preconceituosos sobre a origem da criança e seu possível futuro tenebroso. Ninguém cogita com uma grávida biológica que o filho dela pode vir a ser um marginal, um bandido, que possa matar toda a família num acesso de revolta ou de ingratidão e ninguém tem garantias que isso não vá acontecer com um biológico, nem tampouco que vá acontecer com um adotivo!

 
Eu tive 3 filhos por adoção e me senti muito, mas muito sozinha durante a espera. Não pretendo entrar em detalhes a respeito, até porque a analogia por si já diz tudo, entretanto quero deixar aqui um depoimento:
Nesta última espera vivi uma grande emoção há alguns dias: uma pessoa muito querida fez um presente para minha filha que ainda é projeto.
Saber que ela fez o mimo especialmente para minha filha e que me entregou assim, sem ter um motivo como chá de bebê ou a chegada dela foi uma sensação indescritível. Já tem um tempinho e ainda me emociono com o carinho!  Vem à minha mente como esse ditado é verdadeiro: quem beija meu filho minha boca adoça.
Esta pessoa já é alguém por quem eu nutro carinho muito especial e tanto o mimo como ver os olhos dela brilhando quando falou de sua ansiedade pela chegada da minha filha certamente fez com que esse carinho especial se multiplicasse muito mais.
Um gesto que para mim significou muito e que de certa forma amenizou todas as tristezas, mágoas e lágrimas de todas as vezes que me senti sozinha na espera pelos outros filhos!
Saber que tem alguém que sonha comigo a chegada dessa criança foi algo muito bom de experimentar!

Fonte: http://www.adocaoamorverdadeiro.blogspot.it/2012/10/gravidez-o-que-acontece-quando-barriga.html